A ignorância sobre a arte

Dois textos, um da The New Yorker, outro do The New York Times, abordam o problema em torno do entendimento e da interpretação das sinfonias de Anton Bruckner (1824-96), compositor austríaco. Tratado como gênio, às vezes como idiota, Bruckner sofreu até agora nas mãos de críticos que decidiram quais foram as suas verdadeiras intenções como artista. Como resultado, esse exercício de poder intelectual produziu uma cortina de fumaça em torno das possibilidades criativas de suas obras.

Outro problema grave que as suas composições enfrentaram foi a apropriação pelo nazismo. Adolf Hitler escolheu Bruckner como um dos músicos representativos do regime totalitário. Até hoje suas criações pagam o preço dessa usurpação pelo ditador.

Escritos a propósito da apresentação da Cleveland Orchestra no Lincoln Center, esses textos mostram como a cultura pode revelar detalhes do comportamento humano. Um deles é a ignorância, fonte da arrogância, com a qual até rima, e do autoritarismo.

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